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Corinthians em Machu Picchu
Uma promessa, um gol, um título histórico, uma viagem, uma imagem inesquecível. O gol de Guerrero que deu o bicampeonato do Mundial de Clubes da FIFA ao Corinthians no fim do ano passado foi obviamente marcante para toda a Fiel, mas para a jornalista Leonor Macedo, de 31 anos, foi ainda mais especial. Um série de fatos, tendo o Timão e o Peru ( Machu Picchu ) como pano de fundo, transformaram a corinthiana, como ela mesmo diz, em uma pessoa diferente.
@ Rodrigo Macedo/Arquivo Pessoal
O resultado da promessa: Leonor com a 9 de Guerrero e o Machu Picchu ao fundo
Tudo começou com a promessa. Leonor nunca teve camisas do Corinthians com nome de jogadores nas costas. Não que ela não tenha ídolos, Sócrates é um deles. Era apenas uma questão de ciclos de vida. ‘Eu aprendi que jogadores vêm e vão. Um dia você pode ter o nome na camisa, no outro, ele pode sair e ir jogar em outro time. E o nome do cara fica lá. Então eu sempre preferi a camisa lisa, sem nome de jogador, com o símbolo do clube’, explicou.
Mas no dia da final do Mundial de Clubes da FIFA, Leonor fez uma exceção à regra. Apaixonada pela América Latina e pela história inca, a corinthiana viu no fato de o Timão ter um artilheiro peruano a oportunidade de unir duas grandes paixões. Querendo viajar no fim de 2012, mas não sabendo para onde ir, ela teve a certeza, decidiu e prometeu: conheceria o Machu Picchu com uma camisa 9 com Guerrero nas costas se o atacante fizesse gol na decisão.
Aí, vieram aquele famoso gol do Guerrero – que cada corinthiano já deve ter visto umas cem vezes – e o bicampeonato mundial. Leonor viu o jogo em um bar da Vila Formosa, entrou em êxtase, foi comemorando e buzinando de lá (inclusive pifando a buzina do carro) até o Corinthians, onde cumpriu a primeira parte da promessa: comprou uma camisa preta número 9 com o nome do ídolo latino-americano.
A segunda parte começou no dia 20 de dezembro, com a viagem a Machu Picchu. De carro, Leonor levou a família até Corumbá-MS, de onde foram para a fronteira com a Bolívia e pegaram o famoso Trem da Morte, que leva a Santa Cruz de La Sierra. A partir dali, foi subindo, fazendo a trilha inca. Com várias camisas do Corinthians na mala, a jornalista conta que chamava muita atenção sempre que vestia o manto durante o caminho, principalmente no Peru.
‘Ao sair com camisa do Corinthians pelas ruas do Peru, as pessoas todas te saúdam. Eles são fãs do Guerrero, mas eles agora também são fãs do Corinthians. Tinha gente que pedia para tirar foto comigo pelo simples fato de estar de Corinthians’, contou Leonor, que enfim chegou a Machu Picchu no primeiro dia de 2013. Devidamente vestida com a 9 de Guerrero, uma imagem que foi registrada pelo irmão Rodrigo e ficou para a eternidade.
‘Comecei 2013 sem dívidas com os deuses. É cansativo, mas é recompensante. Tanto o Peru quanto a Bolívia são países incríveis, mas Machu Picchu é um lugar que muda a sua vida. Não sei dizer exatamente o que mudou para mim, mas a partir do momento em que eu estive lá, me sinto uma pessoa diferente. Foi a minha forma de agradecer ao Guerrero e ao Corinthians por essa conquista’, concluiu Leonor.
Fonte: Site Oficial do Corinthians