Tempo de leitura: menos de 1 minuto
TRILHA INCA ou CAMINHO REAL
Uma das experiências mais enriquecedoras que o turista pode ter ao viajar pelo Peru é percorrer a famosa Trilha Inca, um trajeto de trinta e nove quilômetros que se inicia no km 82 da ferrovia que cruza o povoado de Piskakucho e margeia rios, montanhas e ruínas até Intipunku, a Porta do Sol, de onde se tem uma bela vista panorâmica de Machu Picchu.
Conta-se que durante o século XIII até o século XV, os incas dominaram boa parte da América do Sul, em territórios que atualmente compreendem o Peru, o Chile, o Equador, a Argentina e a Bolívia. Para facilitar o deslocamento e o comércio entre as regiões, uma enorme rede de estradas foi construída ligando as mais distantes cidades até o coração do vasto império inca: Cuzco e Machu Picchu.
QhapaqÑan, que significa Caminho Real no idioma quéchua, é o nome original dessa complexa construção logística. Boa parte dessas estradas ainda espera por ser descoberta pelos historiadores modernos, embora alguns trechos já estejam em processo de restauração. A famosa Trilha Inca é trecho mais popular atualmente e pode ser percorrida durante o ano todo exceto no mês de fevereiro, quando é fechada para manutenção.
Como fazer a Trilha Inca
A escolha de uma boa agência de viagens é fundamental para o viajante que pretende trilhar o caminho sagrado dos incas. O governo peruano é bastante consciente de seu patrimônio histórico e no intuito de preservá-lo, foi estabelecida uma quota de no máximo quinhentas pessoas por dia que podem caminhar na Trilha Inca.
Isso requer uma boa dose de planejamento, já que é preciso fazer reserva com meses de antecedência para garantir lugar nas excursões. Além disso, uma boa agência de viagens oferece o conforto de guias especializados, equipamentos de primeiro socorros e meios de comunicação com Cuzco no caso de algum acidente que possa acontecer no trajeto.
Uma outra vantagem – que, acredite, você irá agradecer depois de seis a oito horas de caminhada por dia – é que as agências disponibilizam todo tipo de infraestrutura que você possa precisar: de barracas a sacos de dormir; de refeições quentinhas à beira da fogueira até carregadores para ajudar os viajantes com suas pesadas mochilas.
Quando fazer a Trilha Inca
Além do mês de fevereiro quando o governo peruano providencia a manutenção do caminho, é possível percorrer a Trilha Inca em qualquer mês à sua escolha, embora alguns sejam mais agradáveis do que outros.
De dezembro a fevereiro, verão na América Latina, é época de chuvas no Peru e portanto aumenta um pouco o grau de dificuldade do viajante que escolhe percorrer o caminho nessa data. Já de março a abril, embora ainda existam pancadas de chuva, o clima dá uma trégua e é possível caminhar sem muitos problemas. Maio é um mês de clima excelente e por isso mesmo bastante concorrido pelos turistas, que precisam enfrentar a concorrência norte-americana e europeia para obter ingressos. Junho, julho e agosto são meses gélidos e a baixa temperatura pode ser desconfortável para algumas pessoas. Apesar disso, o céu estrelado sobre a Cordilheira dos Andes fica límpido e torna a experiência ainda mais inesquecível. Setembro a novembro são meses excelentes – baixa umidade e pouca concentração de turistas!
Por que a Trilha Inca é uma experiência exclusiva
Embora existam outras formas para se chegar até Machu Picchu, percorrer a Trilha Inca é uma experiência única, mística até. Você caminhará ao lado de peregrinos do mundo todo que irão compartilhar o seu arrebatamento diante da beleza da paisagem da Cordilheira dos Andes.
Serão quatro dias percorrendo o caminho pavimentado real, reminiscente de uma época de ouro da civilização inca. Ao longo do trajeto, você irá se deparar com ruínas exclusivas que de outro modo não são acessíveis aos outros turistas. Runkurakay e Phuyupatamarca são dois dos sítios arqueológicos mais importantes pelo caminho e podem ser visitadas no terceiro dia de caminhada.
Por último e não menos importante, existe o sentimento de satisfação de poder dizer que você chegou até lá pelo esforço das próprias pernas. E quando você pisar na Porta do Sol e assistir o amanhecer sobre Machu Picchu, não haverá dúvidas de que a recompensa superou e muito o esforço.
Nos próximos artigos, estaremos abordando as diferentes tipos de trilha e seus itinerários dia a dia, para que você fique cada vez mais informado sobre seu roteiro a Machu Picchu.
eBook, É Gratuito! – 10 dicas para organizar a sua VIAGEM AO PERU
Saiba que o maior perigo de se conhecer o Peru é se apaixonar pelo país e querer ficar mais e mais no lugar. O que está esperando para visitá-lo e se surpreender com a beleza e com os encantos peruanos? Na volta, conte pra gente o que achou da experiência em Machu Picchu nos comentários!
Texto : Machu Picchu Brasil no Google+
Link permanente
“Saiba que o maior perigo de se conhecer o Peru é se apaixonar pelo país e querer ficar mais e mais no lugar.”
Essa é a mais pura verdade. Um país encantador.
Link permanente
Olá Fábio, na próxima visita tem que ficar 1 semana a mais. Um forte abraço de toda equipe Machu Picchu Brasil.